Especialistas em segurança apontam riscos de ataques cibernéticos globais

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A segurança no ambiente digital será ainda mais desafiada durante 2023. O mundo pode sofrer novamente com uma epidemia cibernética, com impactos análogos ou mais graves que o provocado pelo malware WannaCry em 2017. Outra tendência que promete tirar os especialistas em segurança digital da zona de conforto é o uso de drones para realizar o hacking por proximidade.

Em busca de novos alvos e cenários, os cibercriminosos estão mais sofisticados, misturando técnicas de invasão em meio físico e digital. Uma das novas armas escolhida pelo cibercrime é o drone. A tendência é efetuar o hacking por proximidade com uso de drones. 

A técnica inclui a montagem de drones com ferramentas que podem captar o Wi-Fi Protected Access (WPA). Trata-se de um padrão de segurança específico para conexões de internet sem fio. Esse recurso pode craquear (quebrar sistemas ilegalmente) senhas de WiFi offline. 

Outro efeito danoso do hacking por proximidade é disseminar chaves USB maliciosas em áreas restritas. A tática é estimular que os incautos peguem uma das chaves e a conectem em uma máquina. 

Vazamento de informação 

As tendências em cibersegurança para 2023 foram detalhadas por pesquisadores da Kaspersky, empresa global de cibersegurança e privacidade digital. As projeções fazem parte do estudo elaborado pela Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky (GReAT), baseado no acompanhamento de mais de 900 grupos e campanhas de ameaças avançadas persistentes (ATPs) realizados em 2022.

Na análise dos peritos da Kaspersky, as ameaças avançadas persistentes incluem ataques com tecnologia de satélites, ameaças a servidores de e-mail e incidentes de vazamento de informações.

“É bastante claro que 2022 registrou grandes mudanças na ordem geopolítica mundial e abre uma nova era de instabilidade. Uma parte das nossas previsões centra-se em como esta instabilidade se traduzirá em ciberatividades prejudiciais, enquanto outras refletem a nossa visão de quais novos vetores de ataque serão explorados por criminosos”, afirma Ivan Kwiatkowski, pesquisador de segurança sênior na Kaspersky.

Refino de ataques destrutivos

A previsão é que haja um recorde de ciberataques destrutivos. Os alvos são abrangentes, do setor governamental a indústrias. 

Segundo os especialistas em cibersegurança, parte desses ataques pode ser semelhante a um acidente aleatório, sob a forma de pseudo-ransomware ou operações de hacktivistas.

As análises dos especialistas indicam que uma forte tendência de o mundo ser impactado por um novo WannaCry, malware que afetou o sistema operacional Microsoft em 2017, infectando mais de 230 mil sistemas globalmente. 

Outra tendência é a coleta de informações por interceptação de sinais de comunicação entre pessoas ou máquinas. Os servidores de e-mail continuam na berlinda. Vulnerabilidades de programas de correio eletrônico estão no radar dos cibercriminosos.

A combinação de operações de hackeamento e vazamento de dados continua na lista das preferidas dos cibercriminosos. São as operações conhecidas como hack-and-leak.

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