De acordo com um estudo recente da Juniper Research, as transações utilizando uma carteira digital, ou wallets digitais, devem ultrapassar a marca de US$16 trilhões até 2028, representando um enorme crescimento em relação aos US$9 trilhões registrados em 2023.
Um cenário atrelado às diferentes tendências e necessidades do mercado atual, sempre com forte atuação das tecnologias digitais e da personalização dos serviços para maior segurança e satisfação dos clientes.
Os três tipos de carteira digital: uma visão abrangente
As carteiras digitais desempenham um papel fundamental na revolução dos pagamentos móveis, oferecendo aos consumidores uma maneira conveniente e segura de realizar transações financeiras. Hoje podemos dizer que existem basicamente três tipos de carteiras digitais, cada uma com suas características distintas e aplicativos específicos.
1) Carteira digital de circuito fechado (closed loop)
As carteiras de circuito fechado são aquelas vinculadas a uma conta de gastos específica e associadas a uma fonte de pagamento, como um cartão de crédito ou débito. Essas wallets são comumente utilizadas em ambientes controlados, como programas de fidelidade de empresas ou redes de varejo.
Os usuários podem carregar fundos nessas carteiras e utilizá-los para fazer compras dentro do sistema específico ao qual ela está vinculada. Um exemplo comum são os aplicativos de transporte que permitem aos usuários carregar créditos para pagar por viagens futuras.
2) Carteira digital de circuito semi-fechado (semi-closed loop)
As carteiras de circuito semi-fechado permitem que os usuários comprem e transfiram fundos para outros usuários dentro da mesma rede ou plataforma. Embora não sejam tão restritas quanto as carteiras de circuito fechado, essas wallets ainda têm limitações em relação à sua utilização fora da rede específica.
Elas são comumente encontradas em aplicativos de pagamento peer-to-peer (P2P) e plataformas de comércio eletrônico que facilitam transações entre usuários da mesma plataforma.
3) Carteira digital de circuito aberto (open loop)
As carteiras de circuito aberto são as mais amplamente utilizadas e oferecem a maior flexibilidade em termos de funcionalidade e alcance. Essas carteiras permitem que os usuários armazenem informações de cartões de crédito e fundos para uso em uma variedade de cenários, incluindo compras online, comércio eletrônico e pagamentos via smartphone utilizando tecnologia Near Field Communication (NFC).
As carteiras de circuito aberto são frequentemente integradas a aplicativos de pagamento de terceiros e podem ser usadas em uma ampla variedade de estabelecimentos comerciais, tanto físicos quanto online.
Cada tipo de carteira digital oferece uma abordagem única para o armazenamento e uso de fundos digitais, atendendo a diferentes necessidades e preferências dos usuários. Enquanto as carteiras de circuito fechado são ideais para programas de fidelidade e ambientes controlados, as carteiras de circuito semi-fechado oferecem maior flexibilidade dentro de uma rede específica.
A evolução das wallets digitais
Durante a pandemia, observamos uma aceleração notável na adoção de métodos de pagamento alternativos, impulsionada pelo movimento “cashless” em várias economias. Esse cenário, aliado ao crescente acesso aos smartphones, está pavimentando o caminho para a ascensão da carteira digital como protagonista no cenário dos pagamentos móveis.
Essas wallets, que anteriormente serviam apenas como armazenamento de dinheiro digital, estão se transformando em verdadeiros superapps, oferecendo uma variedade de serviços financeiros e além, desde o pagamento de contas e transferências de dinheiro até a compra de ingressos e o acesso a serviços de entretenimento.
Para completar, as cripto wallets estão abrindo novas oportunidades para o uso de criptomoedas no cotidiano, facilitando o envio, recebimento e gasto de ativos digitais. Enquanto o Open Banking está permitindo a integração de várias contas em uma única carteira digital, oferecendo aos usuários uma visão abrangente de suas finanças.
O papel dos superapps
Os superapps desempenham um papel crucial na ascensão das wallets digitais. Esses aplicativos, que oferecem uma variedade de serviços em um único ambiente, têm sido fundamentais para popularizar o uso das carteiras digitais. Ao integrar funcionalidades de pagamento, compras online, serviços bancários e muito mais, os superapps oferecem conveniência e praticidade aos usuários.
Tendências emergentes e o papel da Celcoin
Além da carteira digital, outras tendências emergentes no setor financeiro estão transformando a maneira com que as pessoas lidam com o dinheiro e com as informações. Um cenário em que a Celcoin ganha cada vez mais destaque.
Com o cel_bricks, por exemplo, a Celcoin introduz um novo conceito de Embedded Finance, simplificando processos e eliminando burocracias. Oferecemos uma integração fluida para operações financeiras, deixando a parte regulatória por nossa conta, o que permite que as empresas foquem no desenvolvimento de seus negócios.
O cel_banking oferece um Banking as a Service completo, adaptado para cada etapa da jornada do cliente. Com automação de processos financeiros, operações integradas e um portfólio completo de soluções personalizadas, as instituições podem contar com uma plataforma versátil e eficiente para atender às demandas do mercado.
Já o cel_open se destaca oferecendo soluções integradas que abrangem desde iniciadores de transações de pagamento até compartilhamento de dados. Essa abordagem inovadora permite que as instituições aproveitem ao máximo o potencial do Open Finance, criando novas oportunidades e melhorando a experiência do usuário.
Desafios a serem superados
No entanto, apesar do enorme potencial das wallets digitais, o relatório também aponta alguns desafios que precisam ser superados.
A resistência dos consumidores ao abandonar o dinheiro em papel e a concorrência com outros métodos de pagamento são alguns dos obstáculos que as empresas enfrentarão ao promover a adoção generalizada da carteira digital.
Em suma, enquanto as wallets digitais continuam a se tornar uma parte integrante do nosso cotidiano financeiro, é essencial que as empresas e os reguladores trabalhem juntos para garantir que essas plataformas sejam seguras, acessíveis e convenientes para todos os usuários.
Com o apoio da tecnologia e da inovação, essa tendência tem o potencial de revolucionar o mundo dos pagamentos móveis e impulsionar a inclusão financeira em escala global.