O Brasil vive um momento de grande avanço no acesso a serviços financeiros, impulsionado pela digitalização. De acordo com dados do Banco Central, cerca de 22,7 milhões de pessoas ingressaram no sistema financeiro desde o início da pandemia, movidos especialmente por canais digitais. Diversos atores desempenham um papel importante nesse cenário de transformação e, entre eles, estão os correspondentes bancários (ou corbans), que atuam como intermediários na relação entre as instituições financeiras e o cliente, oferecendo serviços como crédito, seguros e pagamentos.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 350 mil correspondentes bancários, volume quatro vezes maior que o de agências físicas, que estão presentes em apenas 55,5% dos municípios brasileiros, conforme números do BC. Acompanhando as mudanças no mercado, eles também estão em processo de evolução constante: mais de 20 anos após sua criação, o que antes era sinônimo de um trabalho de atendimento focado no balcão, hoje se desdobra em plataformas integradas, aplicativos e APIs abertas, que conectam clientes a instituições financeiras sem barreiras geográficas.
Em um universo no qual 8 em cada 10 transações bancárias no Brasil são feitas por canais digitais, segundo dados da Febraban, o correspondente bancário está deixando de ser apenas um prestador de serviços presenciais para se tornar um hub digital de soluções financeiras, incluindo a oferta de crédito consignado público ou privado.
No modelo tradicional, o correspondente representa uma instituição financeira, faz a venda e é remunerado por isso. A digitalização possibilitou que a contratação dos serviços seja feita via online, ampliando seu escopo de acesso e atuação.
Correspondentes bancários e o crédito consignado privado
Entre os produtos financeiros que ganham corpo com essa transformação dos correspondentes bancários está o crédito consignado privado, que vem ganhando tração no Brasil nos últimos tempos. Segundo dados da Febraban, em março deste ano essa modalidade contabilizava R$ 40,4 bilhões em recursos financeiros, distribuídos em 4,4 milhões de operações. Sua distribuição depende da conexão entre instituições financeiras e empresas empregadoras, o que torna a atuação dos corbans cada vez mais relevante.
De acordo com informações do Banco Central, o saldo da carteira de crédito para trabalhadores do setor privado atingiu R$ 45,2 bilhões no mês seguinte, impulsionado por políticas públicas como o programa Crédito do Trabalhador. Até meados de maio, foram concedidos R$ 11,3 bilhões em empréstimos para mais de 2 milhões de trabalhadores, com tíquete médio de R$ 5.383,22 por contrato, conforme dados do Governo Federal.
Esse crescimento é impulsionado por aspectos como acesso a taxas de juros mais competitivas – em um momento no qual a economia brasileira convive com uma taxa Selic de 15% ao ano, o que encarece fortemente o crédito -, além da integração com plataformas digitais como o eSocial e a Carteira de Trabalho Digital, que facilitam a concessão de recursos financeiros.
A força do Consignado as a Service
O Consignado as a Service surge como uma resposta à necessidade de tornar a operação dos correspondentes bancários mais eficiente, digital, padronizada e rentável. O modelo, que segue tendências já consolidadas no mercado como Banking as a Service (BaaS) ou Credit as a Service (CaaS), disponibiliza uma infraestrutura tecnológica e regulatória adequada para que outras empresas possam atuar como canais de distribuição de crédito, de forma 100% digital, além da possibilidade de originar e conceder empréstimos com seus próprios recursos, elevando os ganhos.
No Consignado as a Service, o corban conta com um parceiro de infraestrutura que contribui com dois pontos fundamentais para viabilizar a operação: o fornecimento de uma esteira de bancarização via SCD, cedendo a operação para o fundo responsável pelos seus recursos, e o acesso a convênios importantes ligados ao consignado – algo que normalmente estava nas mãos dos grandes bancos.
No modelo, o corban pode dar passos além e ainda usar a estrutura de BaaS para fazer a abertura de conta, obtendo maior controle dos recursos e um floating mais atrativo. Essa possibilidade abre espaço para a oferta de outros produtos de crédito, assim como reforça a principalidade, seja no pagamento de contas ou na gestão de outros produtos financeiros que estimulem a manutenção do dinheiro na conta.
Entre outros pontos altos entregues pelo Consignado as a Service estão:
- Escalabilidade. Permite que empresas de diversos setores, como fintechs, varejistas, marketplaces, aplicativos de serviços, entre outras, ofereçam serviços financeiros sem a necessidade de se tornarem bancos – seja para atuarem como canais de distribuição ou disponibilizar opções para sua própria base de stakeholders.
- Redução de custos. Terceirizar a infraestrutura e a gestão regulatória reduz a necessidade de fazer investimentos pesados em tecnologia e acumular despesas operacionais.
- Base de clientes mais ampla. Ao oferecer crédito consignado e outros serviços financeiros, empresas ampliam seu portfólio e fidelizam clientes.
- Acesso facilitado. Democratiza o acesso ao crédito em regiões remotas ou para públicos desbancarizados.
- Segurança e compliance integrado. Assegura que as operações estejam em conformidade com as normas vigentes do Banco Central, reduzindo riscos jurídicos e financeiros.
- Conexão com múltiplas instituições financeiras. Isso estimula a ampliação do portfólio de produtos e serviços financeiros.
- Experiência digital completa. Do onboarding ao pós-venda.
Outro fator que impulsiona o Consignado as a Service é a possibilidade de embutir a oferta de crédito diretamente em plataformas não financeiras, por meio do Embedded Finance. Com isso, aplicativos de delivery, sistemas de folha de pagamento, marketplaces e ERPs, por exemplo, podem se tornar canais de crédito consignado, desde que conectados a uma infraestrutura apropriada.
Isso permite a verticalização da jornada do crédito, na qual a análise de margem, a contratação, o registro e a liquidação acontecem de forma integrada, sem fricção para o usuário e com governança para o originador. Essa lógica é particularmente importante no ambiente do Crédito do Trabalhador, no qual a operação depende da conexão com os sistemas de RH das empresas pagadoras.
Celcoin leva às empresas uma experiência completa de Consignado as a Service
Ao unir expertise regulatória, tecnologia e foco na experiência do cliente, a Celcoin torna-se uma parceira estratégica para os correspondentes bancários ou para as empresas que buscam atuar nesse mercado, por meio de sua plataforma cel_credit. Isso tudo usando as licenças e convênio da Celcoin, ou com suas próprias licenças e convênios – do jeito que a empresa preferir, com apenas uma única integração.
Clique aqui para saber mais sobre os benefícios do Consignado as a Service da Celcoin: uma resposta completa e eficiente para os desafios e oportunidades do crédito consignado.