Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro tem testemunhado uma transformação significativa, impulsionada pela digitalização e pela crescente demanda por serviços financeiros mais acessíveis e personalizados.
Diante desse cenário, empresas não financeiras têm explorado oportunidades para oferecer crédito digital com segurança, ampliando suas ofertas e fortalecendo o relacionamento com seus clientes.
Oportunidades para empresas não financeiras no crédito digital
O mercado de crédito digital está em expansão, com seu volume no Brasil atingindo R$ 1,3 trilhão em 2023, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. A participação das fintechs no mercado de crédito cresceu para 12% em 2024, com expectativa de atingir 20% nos próximos três anos.
Com o cenário de crédito favorável, a integração de serviços financeiros por empresas não bancárias, conhecida como Embedded Finance, tem ganhado destaque na economia brasileira. Esse modelo permite que companhias de diversos setores, como varejo, telecomunicações e saúde, incorporem produtos financeiros em suas plataformas, oferecendo uma experiência mais completa aos clientes. Por exemplo, varejistas disponibilizam cartões de crédito próprios, enquanto empresas de telecomunicações podem oferecer financiamentos para aquisição de celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos.
No entanto, para oferecer crédito digital, as empresas não financeiras precisam estar de acordo com as regulamentações do Banco Central do Brasil. Isso inclui obter autorizações específicas para operar como Sociedades de Empréstimos entre Pessoas (SEPs) ou outras modalidades permitidas.
- Autorização do Banco Central: a obtenção de licenças é fundamental para garantir que as operações sejam legais e seguras.
- Conformidade com Leis de Proteção de Dados: a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) exige que empresas protejam dados pessoais dos clientes, o que é crucial no crédito digital.
Desafios regulatórios e segurança jurídica
A oferta de crédito digital por empresas não financeiras requer atenção especial às regulamentações vigentes e à segurança jurídica das operações. O Banco Central do Brasil estabeleceu diretrizes específicas para instituições que desejam atuar nesse segmento.
A Resolução de nº 4.656/2018 disciplina a constituição e o funcionamento de Sociedades de Crédito Direto (SCD) e Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), permitindo que fintechs e outras empresas ofereçam crédito de forma digital.
Empresas não financeiras interessadas em oferecer crédito digital podem optar por estabelecer parcerias estratégicas com instituições financeiras ou fintechs especializadas. Essa abordagem permite a oferta de soluções de crédito sem a necessidade de obter uma licença bancária própria, utilizando a infraestrutura de parceiros regulamentados.
Implementação de soluções de crédito digital com segurança
Para implementar soluções de crédito digital de forma segura, empresas não financeiras devem considerar os seguintes aspectos:
- Parcerias estratégicas: colaborar com infratechs ou instituições financeiras estabelecidas que possuam expertise em crédito digital. Essas parcerias permitem a integração de soluções financeiras sem a necessidade de desenvolver infraestrutura própria.
- Tecnologia e infraestrutura: utilizar plataformas tecnológicas robustas que facilitem a análise de crédito, gestão de riscos e liberação de recursos. Soluções como a da Celcoin permitem essa integração de forma eficiente e segura.
- Conformidade regulatória: garantir que todas as operações estejam em conformidade com as regulamentações do Banco Central e demais órgãos competentes. Isso inclui a observância das diretrizes estabelecidas para a oferta de crédito digital.
- Segurança cibernética: implementar políticas de segurança cibernética para proteger os dados dos clientes e as operações financeiras. A Resolução BCB de nº 85/2021 estabelece requisitos para a política de segurança cibernética que devem ser observados pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.
- Educação e transparência: informar claramente aos clientes sobre os produtos de crédito oferecidos, incluindo taxas de juros, prazos e condições. A transparência é fundamental para construir confiança e garantir a satisfação dos clientes.
Segurança na análise de crédito
Uma análise de crédito eficaz é crucial para evitar riscos financeiros. Isso envolve avaliar a capacidade de pagamento dos clientes e identificar possíveis fraudes.
Além dos tradicionais relatórios de crédito, as empresas podem usar dados de redes sociais, histórico de pagamentos e outros indicadores para avaliar a solvência dos clientes. Modelos de inteligência artificial auxiliam na prevenção da inadimplência e detectam padrões suspeitos, melhorando a precisão das análises.
Oferecer crédito digital com segurança é um desafio que pode ser superado por empresas não financeiras ao adotarem tecnologias avançadas, parcerias estratégicas e práticas de análise de crédito seguras.
Com a demanda por soluções financeiras inovadoras em constante crescimento, a segurança não é apenas uma necessidade legal, mas também um diferencial competitivo. Ao investir em segurança da informação e transparência, as empresas podem construir confiança com seus clientes e se destacar no mercado.
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