O mercado de capitais brasileiro tem desempenhado um papel cada vez mais relevante na expansão das operações de crédito, especialmente por meio da originação de crédito.
Com o avanço tecnológico e a diversificação das fontes de financiamento, empresas têm encontrado novas formas de captar recursos e atender à crescente demanda por crédito.
Nesta matéria, você saberá como o mercado de capitais e os motores de crédito podem ser utilizados para impulsionar a originação de crédito, destacando dados, estratégias e tendências.
A evolução do mercado de capitais no Brasil
O mercado de capitais brasileiro passou por transformações significativas nas últimas décadas, consolidando-se como um dos principais motores econômicos do país.
Em janeiro de 2025, as empresas captaram R$ 43,1 bilhões no mercado de capitais, o melhor resultado para o mês na série histórica da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), iniciada em 2012. O volume é mais do que o dobro (103,2%) do contabilizado no mesmo período do ano passado.
Entre os instrumentos de securitização, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) totalizaram R$ 3,5 bilhões, com aumento de 8,8%. Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) aparecem em seguida, registrando R$ 3,2 bilhões. Já os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) tiveram um janeiro recorde e atingiram R$ 2,2 bilhões, com alta de 42,9%.
Além disso, a introdução do Cadastro de Acesso pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) neste ano democratizou o mercado ao permitir que investidores com patrimônio limitado participem do mercado de capitais. Essa iniciativa amplia o acesso a recursos para empresas que buscam originação de crédito.
Motores de crédito: tecnologia como aliada na originação
Motores de crédito são ferramentas tecnológicas que automatizam e agilizam processos relacionados à concessão e análise de crédito. Essas soluções permitem que instituições financeiras e empresas otimizem suas operações, reduzam custos e aumentem a eficiência na originação.
- Automatização: motores oferecem análises rápidas e precisas, ajudando empresas a identificar clientes qualificados e reduzir riscos.
- Personalização: com base em inteligência artificial, os motores conseguem adaptar ofertas às necessidades específicas dos clientes, aumentando as taxas de conversão.
- Segurança: esses sistemas também incluem mecanismos antifraude, essenciais para proteger dados sensíveis e garantir operações seguras.
A Creditas é um exemplo prático dessa aplicação tecnológica. Em 2025, a empresa registrou um aumento anual de 40% a 50% no volume de originação, alcançando mais de R$ 800 milhões por trimestre. Isso foi possível graças à integração entre tecnologia avançada e estratégias financeiras robustas.
Avanços regulatórios e o impacto no mercado de capitais
Os avanços regulatórios têm sido determinantes para o fortalecimento do mercado de capitais no Brasil. A CVM e o Banco Central têm implementado medidas que visam aumentar a transparência e a segurança nas operações financeiras. Por exemplo, as definições para tokens de recebíveis estabelecidas pela CVM garantem um ambiente mais seguro para investidores e empresas emitentes.
Essas iniciativas regulatórias facilitam o acesso das pequenas e médias empresas (PMEs) ao mercado de capitais, permitindo que elas captem recursos de forma mais eficiente e com custos reduzidos.
Fundos estruturados: o papel dos FIDCs na originação de crédito
Os FIDCs têm se destacado como instrumentos eficazes para ampliar o acesso ao crédito. Em 2024, o BNDES anunciou investimentos de até R$ 4 bilhões em FIDCs voltados para pequenas e médias empresas (PMEs), reforçando canais não bancários para distribuição.
Os FIDCs permitem “empacotar” créditos oriundos de diferentes fontes, facilitando sua distribuição por meio de marketplaces ou maquininhas. Ao utilizar diversos parceiros, os FIDCs ampliam significativamente o alcance das operações de crédito.
Esses fundos são estrategicamente úteis para PMEs que enfrentam dificuldades em acessar linhas tradicionais devido à falta de garantias ou histórico financeiro.
Estratégias para impulsionar a originação de crédito no mercado brasileiro
Impulsionar a originação de crédito requer uma combinação estratégica entre tecnologia, diversificação das fontes financeiras e adaptação às condições econômicas. Algumas abordagens práticas incluem:
- Diversificação das fontes: depender exclusivamente dos bancos tradicionais pode limitar as opções disponíveis. Alternativas como fintechs, investidores privados e parcerias com fornecedores têm se mostrado eficazes para expandir o acesso ao crédito.
- Digitalização: a digitalização dos processos financeiros é fundamental para aumentar a eficiência na originação. Fintechs têm utilizado plataformas digitais para acelerar análises e concessões.
- Incentivos governamentais: linhas subsidiadas oferecidas por instituições como o BNDES podem reduzir custos financeiros e facilitar o acesso ao crédito.
- Segmentação inteligente: utilizar ferramentas analíticas avançadas permite identificar perfis com maior potencial para conversão. Por exemplo, consumidores com bom histórico financeiro tendem a buscar alternativas mais acessíveis durante períodos de alta da taxa Selic.
Tendências emergentes no mercado de crédito
Diversas tendências estão moldando o futuro da originação de crédito no Brasil, como:
- Digitalização e experiência do cliente: a transformação digital tem simplificado o processo de solicitação e análise de crédito, reduzindo o tempo de aprovação e melhorando a experiência do cliente.
- Open Banking e interoperabilidade: a implementação do Open Banking promove maior transparência e competitividade, facilitando o compartilhamento de dados financeiros entre instituições e incentivando a criação de soluções inovadoras.
- Inclusão financeira: fintechs e soluções de crédito digital têm ampliado o acesso ao crédito para pequenos empreendedores e consumidores de baixa renda, contribuindo para a democratização dos serviços financeiros.
- Sustentabilidade e crédito consciente: instituições financeiras estão incorporando critérios ESG (Environmental, Social, and Governance) em suas políticas de concessão de crédito, promovendo práticas empresariais mais responsáveis.
Desafios econômicos e oportunidades na originação de crédito
A modernização do mercado de crédito no Brasil é essencial para impulsionar a originação de crédito e atender às necessidades de uma economia em constante evolução.
Empresas que investem em tecnologia avançada e diversificação financeira conseguem mitigar os impactos negativos do cenário econômico e aumentar a demanda por modalidades alternativas como crédito com garantia ou financiamentos estruturados.
Em resumo, o mercado brasileiro está em uma fase dinâmica que combina crescimento no setor financeiro com avanços tecnológicos significativos. Motores de crédito têm se mostrado ferramentas indispensáveis para otimizar processos e impulsionar a originação no mercado nacional.
Ao integrar tecnologia avançada com estratégias financeiras bem definidas — incluindo FIDCs e incentivos governamentais — as empresas podem não apenas superar desafios, mas também liderar uma nova era na concessão eficiente de crédito. Com projeções otimistas para os próximos anos, o setor continua sendo um dos pilares fundamentais da economia brasileira.
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