O governo federal lançou no primeiro semestre deste ano o programa Crédito do Trabalhador, uma modalidade de crédito consignado no setor privado, com parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento do colaborador.
Em poucas palavras, esse produto se baseia em um acordo entre empresa empregadora e instituição financeira para permitir que colaboradores tenham acesso a crédito com taxas mais baixas e prazos mais acessíveis, reduzindo riscos tanto para quem toma quanto para quem concede.
Segundo dados da própria União, o programa já ultrapassou R$ 27,8 bilhões em contratações, beneficiando mais de 3,9 milhões de trabalhadores, com 60% dos contratos assinados por aqueles que ganham até quatro salários mínimos.
Nova solução de crédito da Celcoin
Com base neste cenário, a solução para Crédito do Trabalhador, da Celcoin, possibilita a empresas financeiras e não financeiras trabalharem a iniciativa de crédito consignado privado do governo com agilidade, eficiência e segurança, sem a necessidade de desenvolver uma tecnologia do zero, o que reduz o time-to-market e minimiza custos.
Baseado em uma infraestrutura 100% via APIs, a solução permite que a empresa contratante controle toda a jornada de crédito, desde a simulação do empréstimo até a emissão da Cédula de Crédito Bancário (CCB), formalização digital e averbação automática com o Dataprev. Processos como análise de margem, contratação, registro e liquidação acontecem de forma integrada e automatizada, sem fricção para o usuário final e com governança para o originador.
Entre os pontos altos da solução de Crédito do Trabalhador da Celcoin estão aspectos como escalabilidade, ampliação da base de clientes, go-to-market rápido, compliance integrado e conexões com múltiplos convênios.
Principais funcionalidades
- Simulação de crédito com parâmetros dinâmicos, incluindo valores, taxas, margem e outros parâmetros personalizáveis.
- Pós-venda e gestão da carteira, com a oferta de monitoramento, possibilidade de antecipações e liquidação, relatórios personalizáveis, integrações contábeis e repasse ao fundiador.
- Geração automática de instrumento de cobrança e mensageria automática em caso de não escrituração do contrato.
- Conciliação bancária, com split de pagamentos quando necessário, assegurando a correta distribuição dos valores.
- Inclusão e exclusão do empréstimo de forma segura e automática. Os contratos formalizados são enviados com validação e confirmação eletrônica, sem a necessidade de intervenção manual.
- Emissão digital de CCB, com validade jurídica. A assinatura eletrônica do cliente é feita com certificação e o registro da cédula utiliza autenticação digital.
- Conformidade com a LGPD no armazenamento de dados, garantindo segurança para o usuário.
Ao terceirizar a parte mais complexa da operação, como originação, formalização, compliance e repasse de recursos, a empresa reduz sua exposição a multas regulatórias, problemas jurídicos e ocorrência de fraudes, além de reduzir seus custos.
As oportunidades do Crédito do Trabalhador
Segundo projeções do mercado, a expansão do programa Crédito do Trabalhador do governo federal não deve perder a força tão cedo, abrindo caminho para novas oportunidades de negócios para empresas financeiras e não financeiras na concessão de recursos no mercado de consignado privado.
De acordo com a Febraban, o empréstimo consignado privado, impulsionado pela iniciativa do governo, pode superar os R$ 120 bilhões ainda neste ano. O recuo da taxa média de juros aplicada para essa modalidade também sinaliza uma possibilidade de se tornar cada vez mais atrativa – caiu de 4,35% ao mês, inicialmente praticada, para 3,58%.
O programa avança em um terreno arenoso, mas com grandes promessas de avanço – o Brasil oferece um dos créditos mais caros do mundo, além de ainda restrito a uma grande parte da população. Conforme indicadores do Banco Central, a taxa média de juros do crédito não consignado para pessoas físicas ultrapassou 120% ao ano em 2024, puxada principalmente pelo cartão de crédito rotativo e pelo cheque especial, alternativas amplamente utilizadas pelas famílias e que contribuem para o aumento do endividamento.
Recentemente, o governo anunciou que irá migrar cerca de 4 milhões de contratos antigos de trabalhadores para a plataforma do programa, com taxas mais atrativas.
Com o desconto em folha, o risco de inadimplência cai significativamente, permitindo que as instituições financeiras consigam trabalhar com juros mais baixos do que os disponibilizados nas linhas tradicionais – de um lado, o trabalhador ganha previsibilidade e, do outro, o mercado tem mais segurança para movimentar os recursos financeiros.
Fale com um especialista e saiba mais sobre como o Crédito do Trabalhador pode potencializar seus negócios.
