Entrar
Qual o seu painel na Celcoin?
Cada painel tem sua credencial distinta.
Gerencie suas finanças com eficiência e praticidade.
Qual o seu painel na Celcoin?
Cada painel tem sua credencial distinta.
Não tem acesso?
Contratar
Potencialize seu negócio com as soluções da Celcoin

Os avanços miram jornadas mais fluidas e com menos fricção, ao mesmo tempo em que ampliam o leque para vendedores 

O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) avança, incluindo novas funcionalidades que tiram fricções dos meios de pagamento e ampliam a gama de funcionalidades para vendedores. Fruto da jornada sem redirecionamento, o Pix por biometria promete revolucionar o comércio à medida que possibilita transações sem a necessidade de abrir o aplicativo do banco. Já o Pix como garantia funcionará de forma semelhante à antecipação de recebíveis, que hoje se baseia nas vendas a prazo em cartão de crédito.

Ambas as modalidades do pagamento instantâneo foram debatidas em painéis durante o Fintouch 2025, evento da ABFintechs realizado no fim de setembro na cidade de São Paulo. 

Usando recursos como reconhecimento facial ou impressão digital para validar a transação, o Pix por biometria agrega ainda mais comodidade e rapidez às transações feitas via SPI. Ana Carolina de Oliveira, líder da vertical de Open Finance da ABFintechs, explica que o Pix por biometria é possível por meio de Open Finance. Ele decorre da jornada sem redirecionamento, que promete ser uma revolução nos meios de pagamentos, proporcionando, de um lado, uma experiência mais fluida para o consumidor e, de outro, obrigando as instituições a repensarem suas trilhas.

A ideia é que o cliente não precise sair do local onde está — como um aplicativo de comércio eletrônico — para realizar o pagamento. “O fluxo atual gera uma certa fricção tanto em usabilidade como em segurança, porque é preciso abrir o aplicativo bancário para fazer um Pix, dando visibilidade, por exemplo, ao saldo bancário”, diz Cézar Rios, diretor de desenvolvimento de negócios da Boku.

O pagamento é autorizado sem sair do ambiente do iniciador. “O avanço para iniciação de pagamentos deixou a jornada um pouco mais automatizada, porque o cliente é redirecionado para o banco pelo merchant e o cliente confirma o pagamento, mas ainda tem a fricção de redirecionamento. A jornada sem redirecionamento é a evolução com experiência mais fluida, porque você dá o consentimento e é redirecionado uma só vez”, acrescenta Rios. 

A modalidade ainda é nova e exige consentimento por parte dos usuários — o que pode levar um pouco de tempo até as pessoas entenderem os benefícios. “Depois que passar da etapa de consentimento, a taxa de sucesso vai ser ainda maior que a do Pix copia e cola ou QR code”, prevê Rafael Noguerol, gerente de estratégia de produtos na Belvo. “É um pouco do retrato de Open Finance no geral; existe uma gap da população em confiar e compartilhar os dados. Precisamos atuar na educação e mostrar os benefícios”, acrescenta Ana Carolina de Oliveira.

Para Aaron Morais, responsável por compliance e gerenciamento de risco do Google Pay, essa fluidez representa uma revolução no modo que se faz pagamento hoje. “No Pix por biometria, há o desacoplamento entre pagamento e instituição detentora de conta. A partir do momento que temos esse desacoplamento, qualquer um com licença pode aglutinar o pagamento sem redirecionar para o banco e isso abre caminhos”, aponta Morais.

Isso porque, quando um consumidor está fazendo uma compra, ele não precisa sair do ambiente e abrir o aplicativo do banco. “Tira a fricção de usuário ‘ir’ até o banco, quando ele pode desistir da compra. E o usuário entende que é seguro, porque tem face ID ou pin code ou biometria. Do lado do merchant, ele vê como um valor e o principal é o pagamento sair mais rápido para o merchant”, opina Rafael Noguerol. 

Pix como garantia

Ainda sem data para entrar em operação, o Pix como garantia deve ser uma alternativa para empresas obterem linhas de financiamento, dando como proteção valores futuros a serem pagos no Pix, a exemplo do que hoje ocorre com a antecipação de recebíveis do cartão de crédito. 

“O que observamos no varejo foi uma expressiva adesão do Pix de forma que o QR code é amplamente exibido pelos comerciantes. Este cenário despertou o mercado: por que o que temos hoje de recebíveis de cartão não poderia ser estendido para Pix? Hoje existem desafios na concessão de crédito, principalmente para pequenos, e um dos desafios é justamente com relação à garantia”, pondera Adriana Ferreira, responsável por assuntos regulatórios e relação governamental da Stone.  

Assim, adicionar os recebíveis em Pix seria um passo natural para ampliar o acesso ao crédito para comerciantes. “O Pix como garantia surge para que parte do fluxo do lojista seja usado para amortizar a operação de crédito. Sabemos que o BC deixou isso para 2026 e o que temos debatido internamente é pensar no uso da infraestrutura de [base de endereçamento] DICT. Nós, como credenciadoras, acreditamos muito no potencial destes recebíveis como garantia de operação. Você agrega segurança jurídica tão forte que no fim do dia tem potencial de reduzir custo para o varejista. Desafio é pensar no melhor desenho”, detalha Ferreira. 

Um dos desenhos que se faz do mecanismo do Pix como garantia se baseia nos recebíveis do tomador da operação de crédito, que dará a previsão do quanto receberá em Pix para obter uma linha de crédito. À medida que o tomador receba os pagamentos, uma parte poderia ser destinada para uma conta em benefício da instituição financeira que concedeu crédito e outra para livre movimentação. 

“O Pix parcelado, que deve ser lançado até fim do ano, vai permitir fracionar o pagamento em parcelas, algo similar ao cartão de crédito e o Pix como garantia. Ainda sem data definida, tem potencial grande. Enquanto o Pix automático e parcelado focam na experiência do cliente, o Pix garantia é para o lado do vendedor, porque vai permitir que pagamentos futuros sejam usados como garantia de crédito”, explica Jonatas Giovinazzo, diretor-presidente da Init, a Associação dos Iniciadores de Transação de Pagamento. 

Ainda que usar o fluxo de caixa não seja novidade, porque já foi feito com cartão de crédito, algumas mudanças seriam necessárias para estruturar os recebíveis em Pix para o lojista se aproveitar deste crédito. “O desafio é como fazer isso em grande escala. Estruturar os recebíveis vai dar acesso a crédito rápido, barato e eficaz. Mas tem de existir um lastro para garantir que a operação exista”, diz Mariana de Vasconcellos, diretora-jurídica da PagaLeve.

O mercado vislumbra que teria de haver alterações no manual do Pix para prever o produto do Pix como garantia, permitindo que o prestador de serviço de pagamento do tomador registre a garantia e que outra instituição possa consultar para saber se o estabelecimento concedeu o mesmo como garantia para outro — e evitar duplicações. A instituição financeira que concedeu o crédito tomando o Pix como garantia também seria obrigada a registrar a garantia em algum lugar para ter unicidade do registro e evitar disputas. O local em tese deveria ser apontado pelo Banco Central. 

Seria necessário contar com estrutura de registro bem definida e uma clara interoperabilidade que funcione de forma qualificada. “Há questões importantes: o que poderá ser qualificado para ser dado como garantia; como será feito o registro da garantia; como se dará a interoperabilidade e quais serão os custos dela; como será a execução da garantia de forma a ser 100% segura e rápida de exclusão, além da preocupação de segurança”, enumera Marcos Cavagnoli, diretor de produtos digitais no Bradesco.  

“Ainda não tem data prevista porque têm muitos desafios para, de fato, ser um produto operacional”, reconhece Jonatas Giovinazzo. 

Marcos Cavagnoli, do Bradesco, disse que o banco enxerga um pleno potencial, até porque se observa a migração das vendas no cartão de crédito para o Pix. “Não vejo apenas como potencial, mas como necessidade, porque o Pix pegou pedaço de outros rails”, assinala Cavagnoli. “Para o comerciante o tema é urgente, porque ele deixou de ter este recebível no cartão”, concorda Giovinazzo.

Sumário

Destaques

Potencialize seu negócio com as soluções da Celcoin

Aumente agora seu potencial de negócio com nossa infraestrutura exclusiva para você.

Celcoin Instituição de Pagamento S.A - 13.935.893/0001-09
Al. Xingu, 350 – Conj 1604 – Alphaville Industrial Barueri – SP – 06455-030