A expansão dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) está em ritmo acelerado. No primeiro semestre deste ano, segundo dados da Anbima, esses fundos se destacaram no volume de aportes, somando R$ 59,4 bilhões, mesmo em um cenário de captação líquida negativa dos fundos em geral. Em junho, o patrimônio líquido dos FIDCs atingiu R$ 687,39 bilhões, com uma captação mensal líquida de R$ 22,45 bilhões. A estimativa de alguns especialistas é de que esse montante ultrapasse R$ 1 trilhão nos próximos 24 meses.
Vários fatores contribuem para o crescimento dos FIDCs. A começar pela taxa de juros elevada, que estimula a entrega de uma rentabilidade mais atrativa e aumenta a procura por esse tipo de aplicação. A democratização do acesso a esses fundos pelos investidores do varejo, impulsionada pela CVM 175, também tem um papel importante nesse cenário. E, por fim, a atratividade dessa classe de ativos como uma alternativa relevante e competitiva para o financiamento das empresas, principalmente pequenas e médias que encontram dificuldade em acessar recursos financeiros junto aos bancos tradicionais.
Falta de investimento em tecnologia ainda é um gargalo para os FIDCs
De acordo com dados da pesquisa Percepções e Perspectivas do Mercado de FIDCs, material exclusivo produzido pela Celcoin, o crescimento do setor, que se mostra resiliente, vem acompanhado de algumas necessidades. Uma das principais está ligada à tecnologia, apesar do interesse das empresas em investir em novas soluções. “Embora estejam surgindo muitos novos bureaus de crédito, há uma forte escassez de sistemas que realmente contribuam para a assertividade e agilidade das operações centrais dos FIDCs”, ressalta o documento.
Ainda segundo o levantamento, fundos que não investem em tecnologia ficam sujeitos a erros, de ordem operacional e de decisão, e tendem a se tornar ultrapassados com o passar do tempo.
Entre os pontos favoráveis de investimento em tecnologia por parte dos FIDCs estão a otimização e eficiência operacional, melhora na análise e gestão de risco, assertividade e qualidade da informação, redução de custos e erros, entre outros.
As tecnologias preferidas pelos FIDCs
A pesquisa destacou que ferramentas como sistemas de gestão de crédito (LMS), plataformas de gestão de FIDCs, Analytics/BI e integração via API estão entre as mais relevantes para a obtenção de ganhos de eficiência operacional. “O uso de APIs e o Open Finance são fundamentais para fazer a integração de dados e sistemas, possibilitando ofertas personalizadas e aumentando a competitividade. A padronização das APIs no mercado é uma sugestão recorrente para facilitar as integrações e permitir que os sistemas ‘falem a mesma língua’”.
Além disso, os entrevistados que participaram do estudo apontaram tecnologias como KYC com IA e Machine Learning como essenciais para mitigar fraudes e assegurar a conformidade regulatória. Reforçaram ainda a contribuição delas para a inclusão financeira, ampliando o acesso ao crédito.
Para os FIDCs, há a necessidade de desenvolver sistemas focados em suas particularidades, priorizando aspectos como a assertividade da informação, incluindo a criação de modelos de concessão de crédito com mais inteligência analítica. “Na área de cobrança, a tecnologia pode evoluir para categorizar clientes, entender perfis e momentos ideais para contato, além de automatizar réguas de cobrança personalizadas. A automação de processos para lidar com múltiplos cedentes e múltiplos devedores é essencial, pois ainda é incipiente”, detalha a pesquisa da Celcoin.
Celcoin é pioneira em tecnologia para a operação de FIDCs
A Celcoin possui uma infraestrutura tecnológica robusta e soluções que aceleram e simplificam o credenciamento e a operação de FIDCs: tudo é feito por meio de APIs, gestão de crédito, automação de ponta a ponta e conformidade regulatória.
Além disso, nossas recentes pesquisas contribuem para um entendimento cada vez mais preciso deste mercado.
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