O ano de 2024 foi um período de grandes impactos no setor bancário, principalmente no que diz respeito à digitalização, que transformou a forma como os consumidores e as empresas lidam com suas finanças. Essa foi uma das constatações do volume 2 da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, produzido pela Febraban e Deloitte.
No total, foram realizadas 186 bilhões de transações bancárias em 2023, montante quase duas vezes maior se comparado a 2019, quando somou 86,3 bilhões. De acordo com o levantamento, o principal impulsionador desse avanço foi a popularização do canal mobile – principalmente entre os consumidores pessoa física – cujas transações aumentaram 3,5 vezes no período, correspondendo a 70% de todas as interações. Em 2023, houve um avanço de 22% no volume de movimentações financeiras, somando 130,7 bilhões, com uma média de 52 transações mensais. Entre os clientes ativos no Mobile Banking, 72% são heavy users.
Esses dados foram alguns dos principais destaques do levantamento, reiterando a preferência dos consumidores pelos canais digitais na hora de movimentar seu dinheiro e manter um relacionamento com seus bancos: 53% do total de aberturas de contas correntes é realizado via canais digitais e 79% de todas as transações já são feitas on-line. Por outro lado, os dados reforçaram a necessidade de investimentos cada vez mais intensivos em inovação por parte das instituições financeiras.
O desempenho e escolha do internet banking por parte dos usuários seguiu atrás, em segunda posição na escala de escolha dos usuários, com alta anual de 10%, contabilizando 16,4 bilhões.
Além disso, as transações financeiras via aplicativos de mensagens também conquistaram espaço, com um salto de 76% no volume, o que sinaliza uma forte tendência de consolidação desse canal como mais uma opção disponível aos clientes para fazer pagamentos, transferências, renegociação de dívidas e quitação de débitos.
Segundo a pesquisa, essa mudança de comportamento dos consumidores é reflexo do aumento da confiança em fazer movimentações financeiras mais complexas nos ambientes digitais, graças aos investimentos feitos pelas instituições financeiras em cibersegurança, proporcionando uma experiência cada vez mais fluida e completa.
Mobile Banking deixa canais físicos em retração
Enquanto as transações financeiras sobem nos canais digitais, nos canais físicos o caminho é inverso, seguindo uma trajetória de queda. Entre os motivos estão aspectos como a praticidade em realizar movimentações nos ATMs ou no ambiente digital.
Em relação aos pagamentos, a adesão ao Pix para pagamentos de contas como água, energia, internet, entre outros débitos mensais, também contribuiu para a redução da presença dos consumidores nas agências bancárias.
Quando o assunto são os investimentos, o levantamento da Febraban destacou a preferência dos usuários pelo internet banking e mobile banking.
Pix em alta
Mais do que revolucionar a experiência do cliente, garantindo maior fluidez em pagamentos ou transferências de valores, o Pix se tornou o meio de pagamentos mais utilizado pelos brasileiros, superando a marca de 114 milhões de usuários cadastrados, alta de 16% na comparação anual. A quantidade de transações também aumentou de 24,1 bilhões, em 2022, para 41,9 bilhões em 2023 – salto de 74%.
Ainda de acordo com o levantamento da Febraban, quase metade do total de usuários cadastrados no Pix faz cerca de 30 operações mensais para pessoa física e 50 movimentações financeiras mensais para pessoa jurídica – e 45% são heavy users do sistema. Aspectos como praticidade, conveniência, segurança e adesão às inovações no portfólio do sistema – como novas modalidades de pagamentos – impulsionam o aumento da demanda.
Open Finance e o aumento das APIs
O Open Finance também registrou passos importantes no período de análise do estudo da Febraban, principalmente no que diz respeito à quantidade de chamadas de APIs, que apresentou um salto de 347%.
Dos 27 tipos de chamadas, 99% foram referentes à etapa de dados cadastrais e transacionais, que correspondem à Fase 2 do Open Finance – atualmente, o ecossistema encontra-se na Fase 4, que permite também o compartilhamento de dados sobre investimentos, câmbio e seguros.
Esses dados sinalizam uma oportunidade para os bancos promoverem a expansão de sua base de consentimentos e estimular a retenção de clientes, divulgando os benefícios tangíveis do ecossistema. “À medida que as chamadas das fases 3 e 4 ganham insumos robustos para aprimorar a experiência dos clientes, é preciso atuar diretamente na personalização deste relacionamento e promover um aproveitamento pleno do sistema, tanto pelas instituições quanto pelos próprios consumidores”, aponta a Febraban no estudo.
O papel da Celcoin no Open Finance, Pix e Mobile Banking
Pioneira em Open Finance e reconhecida hoje como a infraestrutura Pix mais robusta do mercado, inclusive com o recente lançamento do Pix Automático, a Celcoin demonstra-se sempre atenta às necessidades emergentes de empresas e consumidores.
O cel_bricks, solução de Embedded Finance da Celcoin, fortalece o Mobile Banking, integrando às plataformas digitais um portfólio completo e personalizado de soluções de banking, pagamentos e crédito. Ele inclusive oferece toda a infraestrutura regulatória necessária para realização de operações bancárias, fazendo com que a adesão seja ainda maior por parte de empresas dos mais diversos setores de atuação.
Atendendo também ao mercado regulado, a Celcoin acaba de desenvolver duas soluções com foco nesse público: Core Credit e Core Banking. Por meio delas, SCDs, IPs e IFs podem explorar novos territórios de atuação, mantendo as operações sob suas próprias licenças regulatórias.
Da licença à operação, milhares de empresas financeiras e não financeiras contam com a infraestrutura de tecnologia da Celcoin para potencializar seus negócios no ambiente digital. Para saber mais, fale com um de nossos especialistas.