Para quem ainda não conhece o significado do termo Banking as a Service (BaaS) – que em uma tradução livre significa banco como serviço-, 2022 apresentará inúmeras oportunidades de ganhar mais intimidade com esse conceito. O BaaS é a tecnologia que promete tornar o dia a dia dos serviços financeiros mais ágil e simples.
A evolução do Open Finance, o sistema financeiro aberto, está colocando instituições financeiras em uma trilha, sem volta, de expansão de novos modelos de negócios de BaaS.
Essa é a tendência para que as instituições financeiras consigam extrair os benefícios da evolução tecnológica e, ao mesmo tempo, estarem em linha com os desafios regulatórios.
BaaS no topo das tendências tecnológicas
O Banking as a Service (BaaS) pode ser definido como uma tecnologia que pode transformar qualquer empresa, mesmo que não seja da área financeira, em um provedor de produtos financeiros.
Na prática, a aplicação do BaaS democratiza a oferta de soluções e produtos, antes restritos a bancos. Essa lista de negócios inclui operações com Pix, ofertas de crédito, cartões, conta digital, transferências, pagamentos, entre outras.
Muito popular no universo das fintechs, o BaaS torna-se vital para a competitividade em ambientes de Open Banking, Open Finance e Open Insurance. O BaaS entra no cenário não apenas com uma ferramenta para acelerar a competitividade na disputa pela preferência dos clientes, torna-se fundamental para implantar novos modelos de receita.
Isso vale tanto para bancos tradicionais como para empresas mais disruptivas, como as especializadas em soluções de comércio eletrônico, ou e-commerce, e as que atuam como marketplaces, oferecendo soluções para aplicativos de celular e internet.
A tecnologia possibilita mais escalabilidade aos negócios e, consequentemente, aumenta sua sustentabilidade. Os investimentos em BaaS também pavimentam o caminho da fidelização dos clientes, cada vez mais exigentes com relação às expectativas da portabilidade dos dados e informações de movimentações financeiras.
“As soluções baseadas em BaaS dão a oportunidade de aumentar a fidelização dos clientes, criando uma experiência única. O cliente precisa se relacionar com diversas instituições para conseguir fazer um pagamento de conta ou a compra de um produto pela internet, por exemplo”
diz Lucio Tezotto, diretor de Operações B2B da Celcoin.
Fator de impacto nos próximos cinco anos
De acordo com dados do Digital Banking Report, publicado no segundo semestre deste ano, 85% das instituições financeiras acreditam que os maiores impactos desencadeados pelo Open Banking serão sentidos durante os próximos cinco anos.
Nesse cenário, investir em modelos de negócios baseados em BaaS ou BaaP (Bank as a Platform – ou banco como plataforma) é a tradução literal de abrir as portas que levam a um novo patamar em termos de oferta de produtos e serviços direcionados a uma gama muito maior de clientes.
Tezotto observa que o BaaS possibilita a criação de um ecossistema de serviços financeiros tradicionais e não convencionais. Segundo Tezotto, a adoção do BaaS estimula um ambiente de cooperação e novas oportunidades de negócios para bancos, instituições financeiras e fintechs.
“É um ganha a ganha. A tecnologia BaaS pode expandir os horizontes de negócios para todos os envolvidos no ecossistema de sistemas financeiros abertos. Na outra ponta, o grande beneficiado é o cliente, que tem mais acesso a serviços financeiros de uma forma mais simples e ágil. O BaaS traz oportunidades de expansão em todos os sentidos”
afirma Tezotto.
De acordo com o diretor de Operações B2B da Celcoin, quando conectado ao ambiente Open Finance e aliado a tecnologias com o Pix, o BaaS facilita as interações entre usuários finais, fintechs e instituições financeiras.
“A conexão do BaaS ao open finance e a combinação com tecnologias como o Pix farão com que usuários finais, fintechs e outras instituições financeiras interajam entre si em um único ambiente e ao mesmo tempo, cada um em sua plataforma e estrutura customizada. Algo impensável há uns anos”
diz Tezotto.