Buscando novos modelos financeiros para o desenvolvimento e crescimento do mercado no Brasil, o Banco Central (BC) se inspirou no Open Banking desenvolvido na União Europeia e no Reino Unido, para trazer um modelo de Sistema Aberto para o país.
O objetivo desse método é oferecer produtos e serviços personalizados a cada cliente, com o compartilhamento de dados através da integração dos sistemas das diversas instituições financeiras, instituições de pagamento e fintechs.
Em implementação no Brasil, o Open Banking irá contar com 4 fases distintas, que devem ser finalizadas até 2022. Atualmente, o modelo está em sua 2ª fase de execução, que possibilita aos clientes a autorização do compartilhamento de seus dados cadastrais de informações sobre suas transações financeiras relacionadas a contas, operações de crédito e cartão com outras instituições.
Mas enquanto o Open Banking ainda desenha a sua trajetória no país, o modelo já conta com novas possibilidades em outros países. Chamado de Open Finance, a nova proposta tem como objetivo estender o projeto para seguradoras, gestoras de recursos e outras instituições.
Porém, enquanto a Europa aguarda os próximos episódios dessa evolução, o Reino Unido já pensa em ir além, com o Open Data.
Open Data
Também conhecido como “Open Everything”, o Open Data é o avanço do conceito de Open Finance.
Em 2020 o governo britânico divulgou o chamado “Next steps for Smart Data”, um conteúdo que tem por objetivo abrir o debate sobre o desenvolvimento de uma nova estrutura política para identificar como um melhor acesso e disponibilidade de dados podem apoiar a inovação e o crescimento do país.
Assim, a iniciativa, que foi batizada de Smart Data, deve progredir com o desenvolvimento do Open Finance e acrescentar novos setores como energia e telecomunicações. A ideia é também incluir futuramente os setores de educação, varejo, transporte e saúde.
Já a União Europeia publicou em 2020 o relatório “A European Strategy for Data”, sugerindo recomendações sobre o compartilhamento de dados em novos setores como: manufatura, mobilidade, energia, meio ambiente, agricultura, ciências e muitos outros. A ideia é que, até 2030, seja regulamentada uma infraestrutura adequada.
Outro país que também já pensa em novas estratégias é a Austrália. Denominado “Consumer Data Right”, o projeto prevê que os segmentos de energia e telecomunicações sejam os próximos a serem trabalhados.
Ao ser implementado, o Open Data abre possibilidades para a criação de novos modelos de negócios e de soluções para o consumidor de produtos e serviços em diferentes segmentos da economia, proporcionando, por meio de novas tecnologias, segurança e agilidade para instituições e clientes.