Iniciado em 2020, o Open Banking surgiu para transformar a maneira de se relacionar entre os clientes e os bancos. Por meio do compartilhamento autorizado de dados, uma de suas marcas é promover a competição entre instituições financeiras.
Em fase de implementação, o modelo está em sua 3ª fase, dando início à etapa de integração dos serviços de iniciação de pagamento, que poderá movimentar quantias, a pedido do cliente, de uma instituição para outra por meio do Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central.
Com a novidade, os grandes bancos estão se adaptando à nova realidade e aos desafios inerentes a este momento como, por exemplo, estratégias para a retenção e captação de clientes, além de propostas de serviços e produtos personalizados.
Neste contexto, de acordo com grande parte dos especialistas da área, alguns desafios que os players irão enfrentar estão diretamente relacionados aos seguintes setores:
1- Canais de comunicação
Com o surgimento dos iniciadores de pagamento, o contato entre cliente e instituição financeira não será mais necessário, uma vez que o pagamento de determinado produto ou serviço poderá ser realizado na própria plataforma do varejista.
Por isso, os bancos devem inovar no contato e relacionamento com os clientes, para garantirem presença indispensável e não perderem possíveis oportunidades de negócios para os concorrentes.
2- Experiência do cliente
Mediante a nova importância dos canais de comunicação com os clientes, a experiência do usuário ganha dimensões ainda maiores. Neste quesito, fintechs já estão à frente dos bancos tradicionais, por trazerem uma jornada simplificada.
Interfaces de fácil uso e interativas serão um grande diferencial em meio aos participantes, se tornando uma estratégia importante no cenário do Open Banking.
3- Receita
Diante da nova realidade, um fato a ser pensado é a perda de receita pelas instituições financeiras, já que os iniciadores de pagamento farão as vezes dos bancos.
Pensando em um âmbito mais abrangente, a competição de preços também poderá fazer clientes “migrarem” para outras instituições, o que reflete diretamente na receita de grandes players como os bancos.
Mas vale ressaltar que a fidelização é que garante os lucros dos participantes, e essa é uma tarefa feita com excelência por diversas instituições financeiras já presentes no mercado.
Sendo assim, com a 3ª fase do Open Banking, instituições deverão trabalhar estratégias que busquem inovar e amparar os novos desafios e, principalmente, oportunidades criados pelo Sistema Financeiro Aberto.